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Contos, observações e divagações sobre esse interessante mundo em que vivemos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

E foi asssim

Uma das coisas mais irritantes que existe é falar com alguém de língua presa. Me desculpe, amigo(a), se você tem, mas é! Ou se trata ou nem precisa me ligar. Luís Carlos do Raça Negra, Palocci, Vicentinho... não faço questão. Além de outras pessoas anônimas que conheci. Ô, agonia dos infernos. Desculpe a ignorância, mas se a língua é presa, por que não soltam esta porra?? A medicina ainda não avançou a este ponto? Basta um talhozinho e pronto, tudo novo, na perfeita dicção, paz e paciência... tudo certo para cantar, tagarelar, ler e orar em voz alta, discursar, palestrar e tudo mais que quiser fazer na mais alta viva voz. E essa minha irritação não é de hoje não. Já me ferrei uma vez com ela, por isso hoje me irrito mas respeito. Sou um cidadão consciente da língua presa. Puto!!!! Mas consciente. Uma vez, um professor ginasial meu de português (sim, de português) com esse detalhe oral interpelou a turma para um exercício que estava fazendo no quadro. - Nesssta oração, qual o sssujeito da frassse? Silêncio na turma. - Vamosss lá, turma, qual o sssujeito? Fiquei na dúvida se falava ou não, mas preferi deixar a turma se pronunciar. - Vamosss, gente. Pelo amor de Deusss. Quem é o sssujeito? Vamosss... se precccisar, vou passsar o dia aqui perguntando. Ops, então prontamente respondi: - Tal coisa, professor. - Hummmm, ele sssabe, é? - falou o professor num tom de ironia pela demora enquanto me olhava com aquela cara de quem tava chupando manga. - Sssei ssim.. e o sssenhor sssabe que fala asssim??? Risadagem na turma, eu pra fora da sala e a perseguição do professor comigo até o fim do ano. E tudo começou asssim.

3 comentários:

  1. Me apresenta esse professor que eu vou ensina-lo com quantos superbondes se faz uma língua presa!

    Adorei o texto! Muito bom!

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  2. Não duvido disso, mas acho que não adiantaria...rs. Bj.

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  3. mais uma das tuas histórias de trela no colégio, hein kkkkkkk. Ó, deixa as pessoas de língua presa em paz, menino. Que abuso!

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